Acervo documental e presença indígena em São Paulo

Canê Minguê

Sinopse

Os povos indígenas coloniais de São Paulo estão entre os menos conhecidos do Brasil, estando nesse contexto os Dofurêm Guaianá. No final do século XIX, os paulistas constroem a história da sua origem – uma visão idealizada que faz um recorte intencional dos documentos produzidos pelos cronistas sobre os povos indígenas – para reforçar a ideia de heroísmo dos paulistas na conquista do território brasileiro. Surge então a tradição científica chamada “Tradição Paulista”, que promoveu a “tupinização” intencional do povo Guaianá, seguindo uma visão da época que considerava os povos não tupi primitivos e os de origem Tupi como superiores. Essa tradição seria superada apenas nos anos 50, após intensos debates com cientistas da “tradição histórica”, que refutavam a visão romântica da tradição paulista e que também utilizavam a arqueologia como fonte de seus estudos. O povo Dofurêm Guaianá é Jê resiste hoje contra uma sociedade que tenta impor à força uma “identidade cultural” que não nos pertence, que não leva em consideração as tradições culturais e a história oral preservadas por nosso povo. Espaços que nos deem voz são extremamente importantes para expor a nossa visão de mundo, garantida pela resolução internacional OIT 169.

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Canê Minguê

Luiz Dias Fernandez, em sua língua materna Canê Minguê, chefe e líder espiritual do povo Indígena Dofurêm Guaianá. Formado em história pela UNICASTELO e pós graduado em história pela UNISA. Pesquisador do Núcleo de pesquisa, difusão e ensino da UNICASTELO (2002 e 2003), poeta e músico.

Arquivo Histórico Municipal
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Funcionamento durante o Festival

De terça a sábado, das 9h às 22h

Realização