A revitalização do Centro de São Paulo, que há tanto tempo é alvo de medidas da prefeitura, só pode acontecer como resultado da ocupação dos espaços públicos para promover o contato das pessoas com a diversidade humana e cultural, que constitui uma das riquezas dessa nossa metrópole, e também, para a fruição das belezas da cidade, que podem estar escondidas ou esquecidas nas ruas e logradouros. A proposta de realização desse sarau nas dependências desse edifício, que é um ícone da história de São Paulo, vem contemplar a oportunidade de reunir esses dois aspectos e celebrar um encontro de poesia, música e dança. O sarau sugere trazer um olhar para aquilo que pode “florescer” nas ruas tão movimentadas e desumanizadas que percorremos diariamente; aquilo que pode florescer a despeito do medo, da pressa, da falta de atenção e respeito que permeia a vida de uma megalópole.

O QUE FLORESCE NAS RUAS DE SÃO PAULO? Com esse tema abre-se uma infinidade de possibilidades para apurar a percepção de detalhes interessantes das ruas, contextualizando edifícios, monumentos e levar (por que não?) a atenção para as flores delicadas e transitórias que enfeitam e dão colorido às ruas.

Presciliana Straube